terça-feira, 19 de agosto de 2014

Conto # 1

 Um indivíduo vê uma jovem sair do banco e entra para sua viatura (i10) e começa a conferir os valores. O jovem abre a porta do pendura, aponta arma a jovem e diz:
-Dá todo o dinheiro, e o telefone... A jovem toda assustada entregou o dinheiro, e ao tirar o telefone, olha p'ra cara do jovem e o reconhece...
 Ela: Mingo?!
 Ele: Joana?!
 Joana: Quanto tempo! Desde à quarta classe que não t vejo...
 Mingo: Éééé ! Joaninha! Possas, quem diria! O que é feito de ti ?!
 Joana: Parei de estudar na quinta classe devido aos problemas de matrículas, e agora sou prostituta... E tu?
 Mingo: Eu agora sou bandido. Também parei na quarta devido aos problemas que você já sabia (Problemas de assimilação)... Mas você, está a sair bem...
 Joana: Nadaaa ... Estes dias tá fraco,  negócio não está a andar. Essa crise financeira só veio atrapalhar o negócio.
 Mingo: Nem me fala, nós então estamos bem mal.
 Joana: Me dá então o teu número de telefone, eu preciso mesmo do teu número para colaborares comigo. Tenho uns clientes que dão pra ti...
 - O jovem tirou o cartão d visita da carteira e entregou a jovem. E disse:
Não Maya, qualquer dica dá um sinal. Pegou no dinheiro recebido e devolveu a jovem...

Não perca os próximos capítulos" Cenas Da Banda"
 Escrito por : Chabba Mwilka

Conto # 2

Joana foi fazendo a sua actividade normalmente e o Mingo também. Numa bela noite, Joana preparou-se p'ra mais uma jornada, e no seu sítio costumeiro Joana ficou em pé com as suas indumentárias habituais. Uma blusa bem decotada, uns calçados plataforma e uma saia mais curta que a minha vida. Sem ter estado no seu posto de trabalho muito tempo, apareceu de imediato um freguês com um carro top de gama...
- Oi filha!
Respondeu Joana.
-Oi...
Freguês: Quanto fazes à noite?
Joana: Hoje não estou a fazer noites, somente rápidas de 10 minutos e com camisinha.
Sem ter gostado muito da resposta da Joana, o freguês fez outra proposta à Joana, até porque era a menina que lhe convencera naquele meio...
Freguês: Vou te pagar o dobro do preço que tens cobrado por noite..
Joana: Não posso senhor, tenho actividade da igreja amanhã de manhã, por isso tenho de sair d'aqui às 4 horas.
Sem estar convencido e aflito o freguês disse:
- Vou te levar p'ra casa às 04 horas e te darei o dinheiro a dobrar, o que achas?!
Abanando a cabeça e com um sorriso sarcástico Joana disse:
- Tá bom, vais me deixar em casa?!
 Com satisfação nos lábios e um ar de alívio disse o Freguês:
- Com certeza.
O Freguês abriu a porta do carro e Joana subiu.
No caminho o freguês foi falando sobre sua vida, onde trabalha as sua vivências retrógradas, e algumas piadas para deixar à Joana mais descontraída.
Com algum cinismo e insegura, Joana não esboçava nenhum sorriso, apenas abriu a boca pra perguntar:
-Ainda falta muito?!
Freguês: Não, não falta... É já aqui na avenida Brasil.
Não demorou muito tempo e chegaram na residência do mesmo.
Freguês: Vamos entrar, sinta-se em casa!
Era uma vivenda muito bem aprumada numa das zonas nobres da Vila Alice. Pensou logo Joana enquanto reparava aos pormenores da casa. " Esse gajo tem massa"
-Onde é o quarto de banho? Perguntou Joana.
-Lá no fundo respondeu o freguês enquanto se dirigia para a garrafa de whisky.
Joana voltou da casa de banho bem produzida para o freguês.
- És muito linda, os meus olhos não enganam. Dizia repetidas vezes o freguês, depois de ter tomado uns tantos copos de álcool.
Foram pra cama, e o resto vocês já podem imaginar...
Uma hora depois , o freguês adormeceu à um sono profunda em função do sonífero que Joana colocara na sua bebida.  Joana pegou no seu telefone, e ligou logo para o Mingo, o seu parceiro do crime.
- Alô, alô, Mingo tás aonde?! Estou aqui com um cliente cheio de massa.
Com uma prontidão antes nunca visto, Mingo apenas perguntou:
-Onde é?!
Joana deu as coordenadas todas e num ápice Mingo já lá estava. Levaram dinheiro, jóias e outras coisas de valor...

Não perca o próximo capítulo"Cenas da Banda"
Escrito por: Chabba Mwikka

Conto # 3

O tempo foi passando e os golpes foram sendo frequentes e bem sucedidos. Os dois passaram a acumular riquezas, que aos olhos da vizinhança foram chamando atenção. Joana deixou de viver na zona rural onde crescera para alojar-se num dos apartamentos da centralidade do kilamba. Já Mingo exibido como é, continuou vivendo no bairro onde nasceu, mas fazendo uma obra de melhoramento de grande envergadura na casa da mãe. Obra essa da qual recebia muitas críticas por parte dos vizinhos fofoqueiros...
Vizinho Calumba um senhor já de idade que só fica na rua a controlar e fofocar sobre a vida alheia chegou a comentar com a sua esposa Lemba , uma idosa que vendia bombó com jinguba na porta de casa...
Velho Calumba: Esse miúdo Minguito memo num tem juízo yah, na casa do pai é pá fazer uma obra dessa?! Em vez de comprar mbora terreno dele e construir não, vai fazer isso na casa do pai?!    Assim quando discutir com a mãe ou com os irmãos vai arrancar os mosaicos e vai levar o 1* andar que construiu?! Esse miúdo memo é burro.
Sem perder a oportunidade, velha Lemba pergunta:
- Mas esse memo tirou esse dinheiro aonde?! Num estudou, nunca lhe vimos a trabalhar, esse num deve receber mbora já fitiço?!
Os dois durante muito tempo, foram se indagando sobre a ascensão de Mingo que da noite para o dia foi exibindo bens que nunca ninguém antes tinha visto. Nem mesmo Mateus ( o mais boss da rua) subira na vida tão depressa.
Mingo que havia abandonado os assaltos de telemóvel e assaltos de bolsas e carteiras, para se dedicar a assaltos mais rentáveis, não ficava parado enquanto Joana não ligasse. Tinha um amigo de infância que era gerente num dos  bancos privados de Luanda, que ligava pra ele sempre que algum cliente fosse fazer levantamentos de valores avultados.
Foi num desses dias que Mingo ouviu o seu telefone tocar:
-Alô wí, tás aonde?! Perguntou o gerente do banco.
Mingo: Em casa!
Gerente: Reúne a tropa agora e subam pra minha dependência agora, há cá um gajo que veio fazer um levantamento lixado! Rematou o gerente sussurrando. Sem muitos comentários Mingo respondeu apenas.
-Ok...
Mingo como de costume pegou no carro, pegou os seus colegas e foram em direção ao bairro popular onde se localizava a dependência.
Mingo pegou no telefone, enviou uma mensagem ao amigo gerente dizendo:
-Estamos aqui fora...
O gerente recebendo a mensagem, deu as características todas do cliente, a cor da roupa e a matrícula do carro. Sem contemplações, Mingo e seus amigos começaram com a perseguição.
Até que chegado na zona do Golf 2 , interpelaram o indivíduos que não oferecera resistência e receberam o dinheiro todo.
Mas ao meterem-se em fuga foram surpreendidos pela polícia, que começou com uma perseguição sem tréguas.

Não perca o próximo capítulo "Cenas da Banda"
Escrito por Chabba Mwikka



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